Quinta dos cristais: O que encontramos

O parque ecopedagogico Quinta dos Cristais, localizado no município de Sabará no estado de Minas Gerais, trouxe uma proximidade entre a historia ambiental e cultural do Brasil aos alunos do colégio Santo Agostinho de Contagem.

Ao longo da trilha a temperatura aumenta, e a umidade antes alta, abaixa.

O único animal encontrado na trilha percorrida pelos alunos, localizada na Quinta dos Cristais, foi a barata d`água, também conhecida como Arauembóia e Escorpião d`água. Já as plantas, são de muitos tipos e variedades, e fazem parte de resquícios da Mata Atlântica aonde o sol pouco chega ao solo, e possui uma vegetação densa e com muitas árvores. Tanto o animal quanto as plantas encontrados, necessitam de ambientes úmidos.

Porém outro tipo de vegetação foi encontrado à medida que a altitude ia aumentando e a Mata Atlântica acabando, caracterizada por vegetação rasteira com um clima seco e quente denominada Cerrado.

Na trilha da espécies:

Barata d`água

Reino: Animal

Filo: Artrópodes

Classe: Insetos

tem até 10,5 centímetros, corpo largo e chato, com a coloração castanha e asas acinzentadas, pernas anteriores adaptadas a agarrar suas presas e pernas posteriores achatadas, próprias para a natação.

Hábitos Alimentares:

Para conseguirem comer as suas presas, as baratas d`água agarram sua “vítimas” com as patas dianteiras e injetam uma poderosa saliva digestiva que dissolve o interior desta. Costumam se alimentar de lesmas, girinos, caramujos, e alguns insetos.

Liquens

Formados por fungos a algas através do mutualismo, e são indicadores de poluição.

Samambaiaçú

Também conhecida como Samambaia Gigante, a Samambaiaçu é uma Pteridófita ,que está ameaçada de extinção, pois seu caule e raízes adventícias são utilizado para fazer xaxim.

Jacarandá

É madeira de lei , muito utilizada nas construções históricas. Pertence a família das leguminosas.

Ipê- Amarelo

É encontrado na floresta Pluvial da Mata Atlântica, ocorrendo principalmente em florestas densas.

Ipê- Amarelo é o nome popular de algumas espécies de árvores da região Sul e Sudeste do Brasil, pertencentes à família botânica Bignoniaceae, gênero Tabebuia, que também possui espécies com flores de cores brancas, roxas e rosa ou lilás.

Sabendo um pouco mais:

Pteridófitas...As pteridófitas são um grupo de filos (Psilophyta, Lycophyta, Sphenophyta e Pterophyta). de vegetais vasculares sem sementes divididos em raiz, caule e folhas. Foram provavelmente o primeiro grupo vegetal vascularizado. Suas características permitiram-lhes atingir maiores dimensões do que qualquer outra planta terrestre existente até então, transformando-as nas primeiras plantas a abandonar por completo o meio aquático. Entretanto, ainda necessitam de água para a reprodução. Incluem samambaias e cavalinhas, dentre outras.

Madeiras de Lei... A expressão madeira de lei, chegou até nossos dias ainda com sinônimo de madeira de construção, civil ou naval, ou seja, conforme o dicionário Aurélio: “ madeira dura ou rija, própria para construções e trabalhos expostos às intempéries.

Quinta dos cristais: um exemplo vivo da geografia do nosso país

Através da visita a Sabará, foi possível fazer um estudo sobre a mineração naquele local, tudo começa com a chegada dos bandeirantes paulistas à cidade, que enviou as primeiras noticias ao Governador da Capitania sobre as minas existentes no Sabarabuçu, localizadas no vale do Rio das Velhas, a cidade foi um dos principais núcleos de mineração da província, seus rios e lavras sempre riquíssimos de mineral tiveram por muito tempo o trabalho escravo na garimpagem, de tão intensa se tornou essa atividade que o Governo fez instalar a Casa de Intendência no local, onde se fazia a cobrança do quinto (imposto pago a Coroa de um quinto do mineral extraído das minas), mas esse apogeu acabou e encontrar o ouro nos rios de Sabará se tornava cada vez mais difícil, foi então quando descobriram o ferro, e daí se começa mais um ciclo da mineração em Sabará, o ciclo do ferro, este ciclo foi marcado principalmente pela implantação de empresas ligadas ao ferro na cidade, onde encontram um local propicio para seus investimentos.

São incalculáveis os malefícios que a mineração traz ao meio ambiente, são alguns deles o assoreamento de cursos de água, poluição de rios e lagos, desertificação de áreas, degradação de paisagens, esgotamento rápido das jazidas, contaminação de águas, solos e lençóis freáticos por metais pesados, este último é muito observado nos dias atuais, e vale lembrar que essa água contaminada pode estar servindo como água potável para as pessoas, sendo prejudicial à saúde das mesmas.

Olhando as paisagens naturais da cidade Sabará, percebemos também as conseqüências que a ocupação do solo traz ao ambiente, vimos o grande desmatamento ocasionado por construções de casas, o uso indevido do ambiente,como o uso de água e bens naturais que poderiam ser usados de maneira correta por quem ocupa a área, foi possível observar no trabalho de campo a ocupação modo errado e perigoso, vistos principalmente nas construções em encostas, feitas sem acompanhamento técnico, oferecendo grandes riscos à vida das pessoas que nelas vivem, o risco de tragédias por este tipo de moradia é cada vez maior, em tempos de chuvas essas construções sedem junto ao deslizamento dessas terras e fazem cada dia mais vitimas, destruindo casas e famílias, e quando não tem um fim trágico essas ocupações trazem muitos males ao ambiente, criando fendas, depressões no terreno, dentre outras e esse tipo de moradia traz muitas dificuldades a vida das pessoas que a habitam.

Em Sabará podemos ver o domínio morfoclimático que mais sofreu danos com a devastação da mata atlântica, o domínio Mares de morros, este caracteriza-se pelo relevo meia-laranja, formados pela intensa ação erosiva na estrutura cristalina, pelo clima tropical quente e úmido e pela floresta latifoliada tropical. Essa paisagem sofreu grande degradação em conseqüência da forte ocupação humana, além do desmatamento esse domínio sofre intenso processo erosivo (relevo acidentado e clima úmido), com deslizamentos freqüentes e formação de voçorocas.

Os principais acidentes geográficos comentados na visita à Quinta dos Cristais foram os observados por nós devido à altitude que tivemos o privilégio de subir, por este fator podemos observar alguns acidentes como a Serra da Piedade, do Curral (seu nome alude a Curral Del Rei, primitiva designação da localidade onde foi erigida em 1897 a capital de Minas Gerais, Belo Horizonte), Sabará (nome adotado por causa da cidade onde se localiza Sabará), do Papa Farinha, Cabeça de Boi (nome empregado devido ao formato da serra parecido com a cabeça de um boi), Papa vento, da Moeda (o nome foi adotado pelo fato da região ter abrigado a primeira fábrica clandestina de dinheiro no Brasil, onde se falsificava moedas) e Pico do Itabirito (o nome se dá pela sua localização na cidade de Itabirito). Pico Curral, do Sabará, da Piedade, do Papa Farinha, do Rio Das Velhas.

Quintas dos Cristais: Mineração de Quartzo

Desde o século XVII a extração de minérios, carrega uma triste lembrança das pessoas que antigamente passaram pela região do Quadrilátero Ferrífero. A água, o solo e plantas já estão desde esse período, contaminados por metais pesados, como conseqüência da atividade mineradora precária utilizada no passado.

Esta região é um dos distritos mais importantes do Brasil, por ser uma das principais concentrações de minério do país. Composto pelos municípios de Mariana, Itabira, Rio Piracicaba, Congonhas do Campo, Casa Branca, Itaúna, Sabará, em Minas Gerais. São retirados dele ouro, ferro, manganês, quartzo, hematita e outros minerais.

Qual seria a diferença entre minério e mineral?

A diferença é simples, mineral é um elemento químico natural, resultante de processos inorgânicos encontrados na crosta terrestre, já o minério é um mineral ou uma associação de minerais (rocha) que pode ser explorado economicamente.

No Quadrilátero Ferrífero, encontramos a Quinta dos Cristais, local de preservação ambiental e cultural. Nesta região há incidência de quartzo e hematita (óxido de ferro III, Fe2O3), em abundância no local. O quartzo (dióxido de silício, SiO2)é importante na economia do país, utilizado na fabricação de vidro, esmalte, cerâmica, produtos eletrônicos, relógios, indústria de ornamentos, instrumentos ópticos, de vasilhas químicas. É muito utilizado também na construção civil como areia.

A principal retirada feita no Quadrilátero Ferrífero é do ferro, em que 60% é responsável na economia do país, por ser o minério mais utilizado em todo o mundo para a fabricação de aço, ferramentas, veículos, máquinas e elementos de estrutura de pontes, edifícios e outros.

Outro minério extraído é o Ouro com 40% destinado para economia, suas maiores aplicações funcionais existem na indústria química e aeroespacial, em próteses dentárias, além das decorativas, incluindo joalherias e adornos religiosos.

Esta região com grande importância para o desempenho da balança comercial brasileira sofreu grandes impactos ambientais durante séculos, somente agora mecanismos estão sendo implantados para que estes sejam evitados. O reaproveitamento da água utilizada e a restauração da superfície desmatada são exemplos destes.

Porém a intensa atividade mineradora transformou a paisagem local, sendo explorada por tanto tempo, visando cada vez mais os lucros e a exploração sendo cada vez maior. Hoje existem leis que proíbem a extração descontrolada, fazendo as empresas adotarem os mecanismos de manutenção, não deixando as terras inférteis e desprotegidas.

Ocupando uma posição tão importante na economia e história país, o Quadrilátero Ferrífero, merece ser preservado, como a Quinta dos Cristais!

O meio ambiente e a prática de exercícios aeróbicos- tudo a ver!

Os exercícios aeróbicos são bons importantes para melhorar diversos aspectos na vida de uma pessoa, na saúde são considerados uma “poção mágica”, pois podem ajudar no processo de emagrecimento, combate ao estresse, na melhora do sistema imunológico e na redução do risco de desenvolver algumas doenças, maior expectativa de vida, maior disposição, aumento da força muscular, os exercícios podem caracterizar também importantes armas para o lazer da pessoa, pois há quem se sente bem e mais feliz praticando tais exercícios e algumas delas os praticam diariamente, mas vale lembrar, esses exercícios tem que ser acompanhados por profissionais capazes de orientar a melhor forma de praticá-los sem que ofereça a risco ao organismo da pessoa que o pratica.

A Zona alvo de treinamento é um método simples de se equilibrar a intensidade do exercício aeróbico, que se estabelecem valores mínimos e máximos para melhor aproveitamento tanto cardíaco, como no condicionamento físico geral para, de acordo com a idade do individuo.

O frio pode alterar o desempenho em exercícios de resistência, pois com a temperatura interna menor, a captação de oxigênio é maior, assim aumentando o custo metabólico durante uma tarefa específica, assim o desempenho do exercício acaba sendo prejudicado.

No calor principalmente, temos que ter alguns cuidados a mais ao fazer práticas de exercícios aeróbicos, pois é no calor que temos maior tendência a desidratar, pois nosso corpo gasta energia e a transforma em calor, tentando controlar a temperatura corporal expelindo através de suor e outros meios, assim temos que ter o cuidado de tomar mais água para repor toda a água que perdemos e na falta dessa reposição pode ocorrer o débito cardíaco, diminuição do fluxo sangüíneo para os tecidos e prejuízo no desempenho, esses efeitos podem ser amenizados também com o uso de roupas leves, utensílios que facilitem a prática do exercício, tentando trazer ao longo da atividade mais conforto a quem pratica o exercício.

Em lugares de altitudes muito elevadas o organismo sente essa variação, pois o ar entra com muito menos pressão no pulmão, então há imediatamente um reajuste na freqüência respiratória (aumenta), na freqüência cardíaca e na pressão arterial (também aumentam) a fim de que haja maior fluxo sangüíneo e essa síndrome apresenta alguns sintomas como: falta de apetite, dor de cabeça, digestão lenta, aumento do volume urinário, insônia, então se pode dizer que a prática de esporte nessas condições torna-se bem mais difíceis, pois quanto maior a altitude mais freqüente será os sintomas.

O parque ecológico Quinta dos Cristais é o lugar ideal para quem pretende fazer atividades físicas, a presença de plantas faz o exercício ser mais agradável, além da bela paisagem que pode ser observada em todo o parque, o local apresenta também atividades interessantes para se executar, práticas procuradas pelo grande público que visita o local, atividades como montanhismo, vôo livre, atividades programadas para os ciclistas, caminhadas ecológicas, etc.

Classificação a cargas de treino pelas zonas de intensidade (tabela 1):

fonte: Zakharov, 1992.

Ética e meio ambiente: Gerações futuras e qualidade de vida

Todos sabem, não é fácil desenvolver-se economicamente sem afetar o meio ambiente. Mas nem todos vêem que se não parar de abusar da natureza hoje, as gerações futuras, ou seja, nossos filhos e netos vão pagar caro pelos nossos erros. Não só o Brasil, o mundo todo está alarmado, mas difícil é ver instituições que prezam pela preservação ambiental, e, apesar de mais de três mil empresas possuírem o ISO 14001 (norma técnica que estabelece critérios de gestão ambiental), a emissão de gás carbônico está aumentando a cada dia que passa.

As conseqüências de tais atos podem ser vistas a cada ano que passa. As estações já não mais representam suas características de cinqüenta, cem anos atrás, catástrofes naturais ocorrem em todo mundo, tais como furacões e tornados cada vez mais fortes e freqüentes, aceleramento do derretimento de camadas polares, o que afeta animais marinhos, quebrando a harmonia e o equilíbrio ecológico e até Tsunamis, algo jamais visto pelas gerações presentes. Se continuar assim, em um curto prazo, a Terra, planeta perfeito para habitação de seres vivos, se tornará mais um planeta sem condições idéias de vida. Tal fato torna-se irônico. Logo o ser inteligente, capaz de pensar e melhorar suas próprias condições de vida está sendo traído por suas ações.

Empresas e corporações dizem em sua defesa que produz e cresce visando sustentabilidade. Mas muitos têm idéia equivocada sobre sustentabilidade. Se você procurar “sustentabilidade” em dicionários, verá que o conceito é bastante amplo, sem objetividade. Olhando o Wikipédia encontrará:

"Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana."

Fácil ler, mas tenta traduzir. É muito aberta a forma como tratam de sustentabilidade, mas é simples. Sustentabilidade preza a eficiência das coisas do presente sem prejudicar a eficiência das coisas no futuro. Assim, se é necessário produzir algo na atualidade, que seja de tal forma que não tenha impactos negativos em gerações vindouras. Sustentabilidade, apesar de estar englobado no conceito de preservação ambiental, é mais que isso. Tem vários aspectos por trás dela, como ética e ecologia e métodos eficientes de produção. Mas se você não tem consciência do que a natureza é para nós, seus benefícios e como viveríamos sem sua perfeita harmonia, então como pode agir para preservar o meio ambiente? É preciso reconhecer, primeiramente, o valor da natureza para a preservação da espécie humana, ou seja, é preciso reconhecer que o meio ambiente preservado garante a nossa sobrevivência e o nosso desenvolvimento. Só de pensar na ameaça de destruição da camada de ozônio, debates são realizados, autoridades mundiais de pronunciam e a única maneira de caminharmos a um objetivo comum, é com ajuda mútua. É fato, sem a ajuda uns dos outros, todos morreríamos. Através de instituições sérias e compromissadas com desenvolvimento sustentável, chegamos a uma ajuda estruturada, essencial para a auto sustentabilidade ambiental, o que para nós e nossas futuras gerações é indispensável.

Se é póssível concluir alguma coisa, é que muito tem que ser mudado para que nossos filhos e netos possam viver como qualquer ser humano deve viver. Então fica o apelo ao Brasil, aos Estados Unidos – no papel de maior emissor de CO2 do mundo – e ao resto do mundo, de crescer e se desenvolver com ética, pois o planeta e todos os que vivem nela, seja uma pessoa, um animal ou uma planta não devem sofrer as conseqüências de atitudes tão infantis daqueles que só querem dinheiro. Resta saber se quando as reservas de alimento acabarem e não haver ao menos água potável para sobreviver, o que o dinheiro vai poder comprar.

Fontes: http://9fmuva.wordpress.com/
http://360graus.terra.com.br/
http://google.com.br/images
http://www.wikipedia.org/

Aplicando a matemática em nosso espaço

Desde a época da Grécia antiga as técnicas de construção das pirâmides têm sido objeto de grandes discussões. Poucos textos egípcios sobreviveram ao tempo e o conhecimento que possuímos sobre os métodos utilizados naquela época é proporcionado devido a descobertas arqueológicas.

A construção de uma pirâmide envolvia várias etapas, incluindo o nivelamento do terreno, o alinhamento da base da pirâmide com os pontos cardeais, o corte dos blocos de pedra e o empilhamento dos blocos. O alinhamento da pirâmide e o mecanismo utilizado para elevar os pesados blocos de pedra são as fases consideradas mais misteriosas.

O alinhamento de uma construção em relação aos pontos cardeais ou a astros celestes não é nenhuma novidade quando falamos de estruturas antigas. Conhecimentos básicos de astronomia eram comuns a vários povos antigos, em vista de sua utilidade na agricultura ou conotações religiosas. Vários métodos são conhecidos para determinar a direção do norte a partir dos astros e os egípcios o faziam com um erro de menos de meio grau. Provavelmente os egípcios determinavam a direção do norte geográfico a partir do movimento das estrelas ou do Sol. Escolhiam uma estrela conveniente, marcavam as direções no horizonte onde ela nasce e se põe e determinavam o ponto médio entre elas. Outra opção que eles utilizavam era basear-se em uma estrela polar, que por estar diretamente sobre o pólo permanece fixa enquanto a Terra gira. A partir da direção de referência, alinhada com o norte, a base quadrada da pirâmide era então montada usando-se novamente técnicas simples para a construção de linhas perpendiculares.

As pirâmides eram, em sua maior parte, construídas de blocos de calcário retirados de pedreiras. Os blocos eram transportados em trenós puxados por animais, em cima de "pistas" cobertas com barro para diminuir o atrito. Não se sabe ao certo como os blocos eram posicionados de acordo com as estruturas da pirâmide , mas o mais provável é que inúmeras variantes tenham sido empregadas, de acordo com os problemas particulares de cada construção. Acredita-se que dispositivos mecânicos (alavancas, roldanas) eram usados para levantar os blocos em conjunto com andaimes de madeira, e, outra hipótese é de que grandes rampas teriam sido utilizadas, ao longo das quais os blocos seriam puxados.

Atualmente, acredita-se que combinações dos dois métodos tenham sido utilizadas, variando de acordo com a pirâmide em questão. Sabe-se que as rampas realmente eram empregadas, já que restos destas estruturas foram encontradas em vários locais. Os indícios encontrados mostram também que diferentes estilos de rampas eram usados, de acordo com a necessidade. As maiores pirâmides construídas foram as de Giza, erguidas por volta do ano de 2550 a.C. A maior delas é a pirâmide do faraó Khufu (Quéops), conhecida como a Grande Pirâmide, de altura aproximadamente 146,6 metros, e comprimento lateral da base de aproximadamente 230 metros. Cerca de 2.300.000 blocos de pedra foram empregados na sua construção. O interior da pirâmide de Khufu (Quéops-) possui uma impressionante rede de passagens, galerias e câmaras secretas. As outras duas são: a pirâmide de Quéfren e de Miquerinos.

Em nossa visita ao Parque Ecológico Quinta dos Cristais, observamos uma estrutura metálica semelhante à pirâmide de Quéops. Tal pirâmide possui suas medidas proporcionais as medidas da Grande Pirâmide e a razão de proporcionalidade entre elas é 10, ou seja, a Pirâmide de Quéops é 10 vezes maior que a estrutura metálica da Quinta dos Cristais, que possui aproximadamente 14,6metros de altura e 30 metros de comprimento lateral da base. Assim, como na pirâmide de Quéops, acredita-se que essa estrutura metálica possui uma grande concentração de energia, e devido a isso, muitas pessoas utilizam esse espaço para meditarem e receberem energia.

Concluímos então, que este trabalho serviu para que ampliássemos nosso conhecimento em relação a construções antigas, em que o conhecimento matemático foi bastante explorado, e através da visita ao Parque Ecológico Quinta dos Cristais, foi possível aplicar parte do que aprendemos em sala de aula, em nosso cotidiano.


Saiba mais
O que é o Pi, e como ele pode ser encontrado na Pirâmide?

O Pi em si não é uma construção misteriosa ou mesmo mágica.

O Pi é simplesmente o valor ao qual você tem que multiplicar o diâmetro de um círculo para obter sua circunferência. O Pi é um número irracional com decimais indefinidos, e só pode ser calculado a mais de dois decimais se você tiver bastante conhecimento teórico sobre geometria e isto os antigos egípcios nunca tiveram. É impossível conseguir com qualquer roda um resultado mais preciso para o Pi do que "3,14 +/- 0,05", assim um valor mais preciso encontrado nas dimensões de um monumento deve ser a prova irrefutável de alguma participação mais elevada. A pirâmide de Quéops tem uma base com 230,38m de comprimento, e uma altura de 146,6m. Se você pegar duas vezes o comprimento da base e dividir pela altura, você chega a um valor de "3.14297...". Não muito bom, mas melhor do que os antigos egípcios jamais poderiam ter estimado.

O reflexo da escravidão na poesia de Castro Alves

À medida que a polêmica em relação à questão da escravidão crescia, a sociedade brasileira ia se dividindo em dois grupos: aqueles que defendiam a abolição e aqueles que eram escravistas, defendendo assim, a manutenção do sistema escravocrata.

Mesmo com a prosperidade econômica garantida pelas exportações de café, o Brasil não conseguia se igualar à Europa devido ao seu sistema baseado na escravidão, que denunciava a desgraça de um povo.

Nesse contexto e inspirados pelos princípios libertários defendidos por Victor Hugo, poetas como Castro Alves, começaram a escrever sobre a escravidão e outros problemas sociais.
Tais poetas, referentes à 3ª fase do Romantismo, chamados de condoreiros, devido ao condor (ave capaz de voar em altitudes bem altas, sendo assim escolhida como símbolo da liberdade), passam a manifestar-se contra esse sistema econômico baseado na escravização de negros. Para alcançarem um público maior, eles vão aos teatros e às praças públicas declamar seus versos.

Castro Alves, em suas produções, substitui o sentimento da natureza enfatizado nas duas primeiras gerações românticas, pelo sentimento de liberdade e humanidade. Suas obras deixam bem claro para o leitor o sofrimento vivido pelos negros escravizados e, além disso, algumas vezes Castro Alves, ainda levava seus leitores a uma visita à senzala, onde podiam ver claramente as péssimas condições em que os escravos viviam e também entravam em contato com instrumentos utilizados para tortura dos escravos, tais como o tronco e o pelourinho. Através dessas atitudes, Castro Alves conseguiu denunciar de maneira grandiosa o escravismo, e também comoveu grande parte da população, despertando nas pessoas algo que pareciam não possuir: a consciência e a idéia de humanidade.

Deixamos aqui, um poema de Castro Alves, em que ele toma para si a dor do escravo, denunciando a saudade do negro em relação a sua pátria e também, o medo da mulher escrava de ser afastada de seu filho.

A canção do africano

Lá na úmida senzala,

Sentado na estreita sala,

Junto ao braseiro, no chão,

Entoa o escravo o seu canto,

E ao cantar correm-lhe em pranto

Saudades do seu torrão...

De um lado, uma negra escrava

Os olhos no filho crava,

Que tem no colo a embalar...

E à meia voz lá responde

Ao canto, e o filhinho esconde,

Talvez pra não o escutar!

“Minha terra é lá bem longe,

Das bandas de onde o sol vem;

Esta terra é mais bonita,

Mas à outra eu quero bem!

“ O sol faz lá tudo em fogo,

Faz em brasa toda a areia;

Ninguém sabe como é belo

Ver de tarde a papa-ceia!

“Aquelas terras tão grandes,

Tão compridas como o mar,

Com suas poucas palmeiras

Dão vontade de pensar...

“ Lá todos vivem felizes,

Todos dançam no terreiro;

A gente lá não se vende

Como aqui, só por dinheiro”.

O escravo calou a fala,

Porque na úmida sala

O fogo estava a apagar;

E a escrava acabou seu canto,

Pra não acordar com o pranto

O seu filhinho a sonhar!

O escravo então foi deitar-se,

Pois tinha de levantar-se

Bem antes do sol nascer,

E se tardasse, coitado,

Teria de ser surrado,

Pois bastava escravo ser.

E a cativa desgraçada

Deita seu filho, calada,

E põe-se triste a beijá-lo,

Talvez temendo que o dono

Não viesse, em meio do sono,

De seus braços arrancá-lo!

Os escravos, Castro Alves, 1883